terça-feira, 25 de novembro de 2014

X Encontro Estadual do Fórum Gaúcho de Educação Infantil em comemoração aos 15 anos de atividades.

No Auditório do Ministério Público, em Porto Alegre, em 3 de novembro de 2014, as Conselheiras Caroline Kempfer Bianchini, Rosane da Silva Santos e a Presidenta do CME/SL Fabiane Bitello, participaram do evento estadual que abordou as políticas públicas para a Educação Infantil, promovido pelo Fórum Gaúcho de Educação Infantil - FGEI. A mesa de abertura contou com representantes do TCE-RS, UNCME-RS, FAMURS, Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, CEED-RS, Secretaria de Educação de Porto Alegre, Promotoria da Justiça e UFRGS. Sendo que a UNCME-RS foi representada por nossa Presidenta, que compõe o Colegiado como 3º Vice-Coordenadora.

Garantia de acesso e permanência à Educação, qualidade e financiamento foram palavras chaves na abertura do encontro. Destacamos ainda alguns tópicos que foram abordados e que são fundamentais no atendimento da Educação Infantil:
- Espaços qualificados, profissionais bem remunerados, educar, cuidar, lugar com brincadeira, ouvir as crianças na construção dos Projetos Políticos-pedagógicos.
- Atingir as metas no PNE 2014-2024 é algo necessário, mas também é importante observar a oferta integral, onde ficarão os alunos no turno oposto.
- Em 1999 iniciou o movimento do FGEI, mas já em 1996 o grupo de estudos - GEIN, iniciou seus trabalhos e pesquisas na UFRGS.
- Educação Infantil é um “direito da criança.”
- Anualmente o dia 12 de outubro é o “Dia Estadual de luta pela Educação Infantil”.
O grupo Colegiado do FGEI preparou um “Varal de memórias dos 15 anos do FGEI”, com fotografias históricas e a leitura do poema de Manoel de Barros – “Memórias Inventadas - as infâncias de Manuel de Barros”. Citaram todos os fóruns regionais, inclusive o FORPEI/SL, movimento de nossa cidade. Na sequência do evento ocorreram os seguintes painéis:
Painel: Bandeiras e lutas da Educação Infantil nos últimos 15 anos: que cenários estão postos para consolidar nossas conquistas?
Os painelistas Euclides Redin (Unisinos), Jane Felipe (Gein/UFRGS), Maria da Graça Horn (Consultora do MEC), Simone Albuquerque (Gein/UFRGS – FGEI), trataram, respectivamente, sobre:
- A cidade ideal e pensada para as crianças, em que fizemos reflexões após o Vídeo “La cidad al alcance dos ninõs” e de trecho do livro “Quando as crianças dizem: Agora chega!”, (Tonucci – Artes Médicas)
- Trajetória da Educação Infantil, iniciando com características de uma casa, Escola, Hospital, enfim, sempre na busca de uma identidade. As ações da COEDI/MEC são diversa nesta busca e muitas legislações existem, o destaque no painel foi o Pró-infância, em que as Diretrizes Curriculares Nacionais – DCNEI, são consideradas a risca e o brincar e interagir são pensados na execução dos espaços.
- Em 2009 uma pesquisa da UFRGS com MEC resultou nas normativas norteadoras da atualidade para a Educação Infantil, são o Parecer CNE/CEB nº 20 e a Resolução CNE/CEB nº 5, em que um dos focos traz que o currículo emerge com as crianças e para as crianças.
- Direito das crianças e direito das mulheres.
- Etapa creche de 0 a 3 anos, movimento “fraldas pintadas” divisor de águas que incluiu a Educação Infantil no FUNDEB.
- Oferta de vagas escassas, e mesmo com o FUNDEB não há vagas para todos em escolas públicas. 90,5% dos municípios gaúchos não cumpriram o PNE 2001-2010.
Painel: A Educação Infantil nos Planos de Educação e as políticas públicas no RS: PNE, PEE, PME.
No painel da tarde o Tribunal de Contas do Estado - TCE/RS expôs que apresentará até o final de novembro do corrente ano a radiografia da Educação Infantil no RS, município por município. Anunciou ainda que a próxima pesquisa TCE/RS estará relacionado aos Conselho Municipais de Educação – CME do Estado e ao Piso Salarial Nacional e o seu cumprimento.
O painelista Juca Gil, professor da UFRGS, falou sobre o Financiamento da Educação Infantil. Apresentou uma planilha de Simulação de custos para se manter um estabelecimento de ensino, com profissionais remunerados com o Piso Nacional e trouxe a defesa desta valorização (planilha “Zeca Tonho” custo marcelina). O Piso Salarial atual é de R$ 1697,00.
Fez ainda um comparativo entre o Plano Nacional de Educação - PNE, regido pela Lei Nacional nº 10.172/2011, em que na meta 1 – 50% dos alunos até 3 anos deveriam ser atendidos, e 80% dos 4 aos 6 anos. Já o atual PNE, Lei nº 13.005/2014 – mantém os 50% até 3 anos, e traz de novidade a universalização do atendimento dos 4 aos 6 anos
A Emenda Constitucional nº 59 já impõe o atendimento dos 4 anos aos 6 anos.

Texto: Caroline Kempfer Bianchini
Fotos: Rosane da Silva Santos

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

O Papel do(a) Diretor(a) Escolar



Personagem vital para a gestão da unidade escolar, o(a) diretor(a) é o elo entre os níveis organizacionais - professores e colaboradores.

Desempenha um papel estratégico frente à educação e às modalidades sociais - pais, estudantes e comunidade.

O(a) diretor(a) tem a responsabilidade de cumprir e fazer cumprir as leis, valorizar e respeitar a filosofia, a missão e principalmente o Projeto Político-pedagógico da instituição que dirige.

Que o dia de hoje sirva de reflexão para a valorização do papel do(a) diretor(a) escolar e que apesar do avanço tecnológico as pessoas descubram que o potencial humano jamais poderá ser substituído.


O CME/SL deseja sucesso aos/às diretores/as e que continuem trabalhando para a qualificação dos espaços fortalecendo o aprendizado dos estudantes capilé!

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Educação Infantil: políticas, problematizações e desafios frente ao PNE 2014-2014



Na tarde de 28 de outubro de 2014, as conselheiras Caroline, Fabiane, Zaira e Rosalina participaram, fazendo relatos sobre dados do CME/SL, dos Seminários do Mestrado e Doutorado em Educação da UNISINOS. O foco foi “Educação Infantil: políticas, problematizações e desafios frente ao PNE 2014-2014” e iniciou com a fala da Professora Doutora Flávia Werle explicando sobre a importância de compartilharmos informações e experiências com órgãos do Sistema Municipal, principalmente sobre a meta 1 do PNE 2014-2024, que trata da universalização da Educação Infantil, até 2016, dos 4 anos aos 5 anos de idade,  logo passou aos convidados a fala.


O Professor Doutor Euclides Redin, referência nacional em Educação Infantil, fez um comparativo entre o PNE 2001-2010 e o atual. Fazendo uma avaliação política, relacionou as leis do PNE, e destacou que percebe hoje maior movimentação social na elaboração do Plano, diferente do anterior. O primeiro foi um Plano de intenções, pois foram vetadas as metas relacionadas ao financiamento. Ambos começam com a redação praticamente igual, sendo que hoje se incluiu o financiamento, datas e responsabilidades para o cumprimento das metas e estratégias, o que o torna passível de aplicação e fiscalização.

“Debater a Educação Infantil universal e buscar maneiras para que ocorra em nosso país é fundamental, pois é direito de todas as crianças, expresso no Artigo 227, da Constituição Federal”. Diz, ainda, o Prof. Redin que: “acompanha com o coração a caminhada dos professores de Educação Infantil em São Leopoldo”.

Política Pública é definir prioridades. Então, a importância de Estados e Municípios se articularem e elaborarem seus planos, com prioridades, com condições de execução e que seja fiscalizado seu cumprimento.


Com a antecipação da entrada da criança na Escola com 4 anos é fundamental que os profissionais conheçam as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil, Resolução CNE/CEB nº 05/2009 e que esta norma esteja contemplada nos Projetos Políticos Pedagógicos.

Outro convidado a participar do Seminário temático foi o Sr. Jauri dos Santos Sá, Arquiteto e Doutorado na Espanha. Ele apresentou dados estatísticos sobre os atendimentos de educação e número de escolas, conforme o Censo de 2010. Abordou e analisou as plantas das escolas do programa federal Pró-infância (Resolução nº 006/2007). A análise arquitetônica dos projetos nos fez refletir que cada localidade necessita de adaptações, pois os modelos são padronizados.


Também neste encontro contribuíram com a apresentação dos dados do Observasinos, os alunos do Mestrado Átila e Taís. Trazem que São Leopoldo possui uma população de 238.000 habitantes, aproximadamente, e que através dos sites do IBGE@cidades e FEE - Fundação de Economia e Estatística, buscam informações para análise e que são fontes seguras para serem utilizadas no diagnóstico de elaboração do Plano Municipal de Educação.


A Presidenta do CME/SL, Sra. Fabiane Bitello, contribuiu apresentando dados do cadastro anual das Escolas de Educação Infantil do Sistema Municipal de Ensino, que abrange instituições públicas e privadas. Falou sobre a importância do preenchimento do Censo Escolar, visto que os dados muitas vezes não são fiéis, pois algumas escolas ainda não o fazem. Hoje temos 70 Escolas Infantis privadas em funcionamento, 10 Escolas Municipais de Educação Infantil e 19 Escolas Municipais de Ensino Fundamental, com atendimento de turmas de Educação Infantil, chegando a aproximadamente 6.000 crianças atendidas.

Assim, foi um encontro muito produtivo de trocas e aprendizagens.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

LEGISLAÇÃO: o que é importante saber na Gestão Escolar



O Conselho Municipal de Educação de São Leopoldo – CME/SL apresenta, a seguir, relação de documentos pertinentes ao funcionamento das Instituições Escolares da Rede Pública Municipal, conforme legislação vigente.

Arquivo Ativo
  • Decreto de Criação;
  • Decreto de Denominação;
  • Decretos de Alteração;
  • Planta Baixa ou Croqui assinado por responsável técnico;
  • Alvará de Prevenção e Proteção contra Incêndio (também deve estar exposto em local visível);
  • Alvará de Licença emitido pelo Serviço de Vigilância Sanitária, para as escolas que atendem a Educação Infantil (também deve estar exposto em local visível);
  • Cadastro de Instituição onde consta o Número de Inscrição Cadastral – NIC;
  • Pareceres de Credenciamento e Autorização de Funcionamento emitidos pelo Conselho Estadual de Educação – CEED/RS e/ou Conselho Municipal de Educação – CME/SL;
  • Regimento Padrão e/ou Regimento Escolar;
  • Projeto Político-pedagógico – PPP;
  • Plano Escolar;
  • Calendário Escolar;
  • Planos de Trabalho;
  • Diários de Classe/Cadernos de Chamada;
  • Registros de Conselhos de Classe;
  • Registros de Históricos Escolares, Certificados, Diplomas e Atas de Resultados Finais;
  • Livros Ponto/Registros de Efetividade;
  • Livros de Atas;
  • Pastas/arquivos individuais com a documentação referente ao registro escolar dos/das estudantes, contendo documentos de identificação, fichas de matrícula e rematrícula, histórico escolar, boletins e pareceres descritivos, registros de aceleração, avanço, aproveitamento de estudos, classificação e reclassificação, entre outros;
  • Pastas/arquivos individuais com documentação dos/das profissionais da escola, contendo documentos de identificação, portarias, comprovantes de titulação e formação continuada, justificativas de afastamentos, convocações, entre outros;
  • Pasta/arquivo com a documentação oficial do Conselho Escolar;
  • Pasta/arquivo com a documentação oficial do Círculo de Pais e Mestres – CPM;
  • Pasta/arquivo com a documentação oficial do Grêmio Estudantil.

Arquivo Passivo
  • Diários de Classe/Cadernos de Chamada;
  • Registros de Conselhos de Classe;
  • Registros de Históricos Escolares, Certificados, Diplomas e Atas de Resultados Finais;
  • Livros Ponto/Registros de Efetividade;
  • Livros de Atas;
  • Pasta/arquivo individual de todos/as estudantes e profissionais que passaram pela escola;
  • Prestações de Contas de todas as verbas geridas pela Escola junto com a Instituição Auxiliar responsável.

Descarte

O descarte de documentos deve seguir orientação legal vigente.


Acesse o link abaixo e saiba mais: